sábado, 19 de junho de 2010

82 anos do nascimento de Che Guevara

http://sindicalismomilitante.blogspot.com/

Nesta última segunda-feira, dia 14 de junho, Che - ou Ernesto Guevara de la Serna - completaria 82 anos. Como uma pequena homenagem, reproduzimos as palavras a seguir, certos de que sua vida e seu exemplo continuarão a inspirar as gerações futuras na luta contra a exploração, a injustiça e a miséria, mantendo viva a chama da liberdade.

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MST - O militante revolucionário Ernesto Che Guevara, que se tornou símbolo da luta pelo socialismo na América Latina e no mundo, completaria 82 anos nesta segunda-feira.

Ernesto Guevara de la Serna nasceu em 14 de junho de 1928, em Rosário, na Argentina. Foi o primeiro dos cinco filhos de Ernesto Lynch e Celia de la Serna y Llosa.

Por que recordar de Che? Porque ele dedicou toda sua vida para uma causa do povo. Deixou-nos um legado de solidariedade incondicional com todos os oprimidos e de compromisso com as lutas pela libertação dos povos. Grandioso, mas humilde.

Nunca permitiu que o transformassem em um mito. Se quisermos uma referência de um militante ou dirigente, sem dúvida, devemos olhar para Che. Ele é um exemplo de superação dos próprios limites. E o fez não por vaidade pessoal ou por inconseqüente heroísmo, mas por um profundo amor à humanidade.

Para homenagear a memória de Che, não basta conhecer sua biografia. É preciso seguir pela trilha dos seus passos, buscando a cada dia ser melhor no seu trabalho, na prática militante, nos estudos e na convivência.

Abaixo, leia poema de Eduardo Galeano em homenagem a Che.

O NASCEDOR

Por que será que o Che
Tem este perigoso costume
De seguir sempre renascendo?
Quanto mais o insultam,
O manipulam
O atraiçoam
Mais ele renasce.
Ele é o mais renascedor de todos!
Não será por que Che
Dizia o que pensava e fazia o que dizia?
Não será por isso que segue sendo
tão extraordinário,
Num mundo onde palavras
e atos tão raramente se encontram?
E quando se encontram
raramente se saúdam
Por que não se reconhecem?


Fonte: Diário Liberdade (http://www.diarioliberdade.com/) e MST (http://www.mst.org.br/)

sábado, 12 de junho de 2010

Comentários sobre a copa do mundo

Ontem assisti na tv a um trecho editado da entrevista coletiva do Maradona (acho que deve ter sido a última antes do jogo de estréia). Perguntaram a ele se os jogadores argentinos estavam sentindo-se muito pressionados, a que o técnico argentino respondeu o seguinte: pressionados são os trabalhadores que durante o dia trabalham para garantir sua sobrevivência; os jogadores são cobrados por suas responsabilidades. Acho que foi uma diferenciação lúcida em meio ao espetacular e milionário/bilionário mundo do futebol da copa do mundo.

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No jogo Argentina x Nigéria vi ao menos duas marcas bem conhecidas dos brasileiros estampadas nas placas de publicidade do gramado, Brahma (Ambev) e Seara. Em certa medida, essa novidade demonstra a atual posição do Brasil na economia capitalista mundial, no imperialismo - claro, o fato de as marcas dependerem bastante das vendas no Brasil não significa que seu capital seja predominantemente brasileiro.

A posição protagonista do Brasil também fica evidente, por exemplo, com a liderança exercida na Minustah (que tem início no governo Lula), a missão da ONU que é uma das principais razões da continuidade da miséria do Haiti. Por um lado, constitui um enorme aparato policial instalado para controlar e reprimir a população haitiana, por outro, incentiva e inunda o Haiti de ONGs que realizam, fundamentalmente, trabalhos de caridade. Essa combinação impede avanços na construção e consolidação do Estado haitiano e, ao mesmo tempo, busca neutralizar as iniciativas de organização dos haitianos que lutam pela transformação da realidade miserável do país.

A posição destacada na economia internacional não tem servido para combater significativamente a desigualdade social no Brasil. O "apartheid social" será mantido enquanto o projeto de sociedade hegemônico não preveja o fim das diferenças econômicas entre as classes sociais.